Normalmente, quando se fala de higiene íntima feminina, costumamos pensar exclusivamente na limpeza da zona genital. No entanto, falaremos sobre práticas úteis para manter em perfeito estado a região genial externa, prevenir a aparição dos problemas mais comuns e garantir uma ótima eficiência de suas funções.
Devido à sensibilidade da zona sobre a que vão ser aplicados, a composição dos produtos de higiene íntima deve estar desenhada de forma que garanta uma eliminação eficaz das secreções fisiológicas da zona (sudorais, vaginais e uretrais) e restos de sujeira, e que além disso, tenha as seguintes propriedades:
- Dermocompatibilidade com a superfície mucosa;
- Não causar irritação, nem secura, de forma que possam ser utilizados regulamente e, inclusive, várias vezes ao dia;
- Ação limpadora suave que não cause alteração do manto hidrolipídico, nem elininação da flora autóctona, nem desequilíbrio da função barreira;
- Um pH ligeiramente ácido, similar ao da zona em que vai ser aplicado, além de proteger a proliferação oportunista de microorganismos;
- Ação refrescante e antiodorizante;
- Características organolépticas e galênicas adequadas (viscosidade, capacidade espumante).
As características da zona genial feminina, sua funcionalidade e localização anatômica fazem com que a zona vulvar seja, em todas as idades da mulher, muito suscetível a apresentar infecções inespecíficas.
Deixando de lado as de origem sexual (que requeririam um tratamento médico de casal), as infecções vulvares inespecíficas podem ter uma origem muito diversa: proliferação de bactérias de origem anal; crescimento exagerado da flora bacteriana autóctona, tanto aeróbica como anaeróbica como fúngica; alterações do ecosistema vaginal, etc.
Algumas medidas podem prevenir as infecções genitais, a exemplo de:
- A utilização de preservativos pode evitar a maior parte das infecções transmitidas sexualmente;
- Usar roupa folgada e de materiais que facilitem a transpiração;
- Realizar a limpeza da zona anal de diante para atrás, para evitar introduzir na vulva, bactérias do reto;
- Lavar as mãos antes e depois de ir ao banheiro;
- No verão, evitar permanecer muito tempo com a roupa de banho molhada. Se o banho foi de piscina, tomar banho imediatamente após sair da água;
- Tomar muita água. Ingerir pouca água implica menor eliminação de líquido, e portanto, maior estancamento deste, o que favorece ao desenvolvimento de germes.
A sintomatologia das infecções é muito diversa, mas normalmente é marcada por irritação e prurido nos genitais externos, ardor ao urinar, dor nas relações sexuais, inflamação vulvar e produção anormal de fluxo de odor e aspecto desagradáveis.
Um dos problemas mais comuns na zona genital feminina é a secura vaginal que aparece de forma fisiológica em um dos períodos vitais da mulher (menopausa), mas que podem aparecer também em diferentes momentos por causas diversas (lavados muito frequentes ou com agentes agressivos, administração de determinados fármacos, infecções, causas psicológicas, etc).
A higiene íntima feminina é especialmente importante pelos seguintes motivos:
- O sangrado mentrual, que acompanhará periodicamente à mulher desde a menarquia (primeira menstruação) até o final da vida fértil (menopausa);
- A incontinência urinária, um problema muito frequente entre a população feminina adulta.
Em ambos casos, a zona genital se vê exposta ao contato quase permanente com a umidade causada pelas secreçõs corporais.
O potencial irritante da urina, a umidade, a oclusividade e a presença de uma importante população microbiana autóctona podem acabar causando moléstias e infecções se não tomamos precauções higiênicas imediatas.
Para manter em perfeito estado da região genial recomenda-se:
- Evitar roupas apertadas e a roupa íntima de tecidos que dificultem a transpiração;
- Lavar a roupa íntima com sabões pouco agressivos e garantir o enxague correto;
- A vagina tem seus próprios mecanismos de autolimpeza e proteção, portanto as duchas vaginais não são recomendadas como uma medida rotineira de higiene, a menos que formem parte de um tratamento médico;
- Para a limpeza da zona íntima devem ser utilizados produtos com agentes limpadores neutros e que não alterem a acidez da mucosa genital;
- Para a limpeza íntima deve ser evitado o uso de esponjas ou luvas, já que estas acabam sendo um elemento de elevada carga microbiana que pode causar infecção;
- Os perfumes e desodorantes íntimos são potenciamente irritantes, portanto devem ser evitados ou ter seu uso moderado. Os desodorantes têm um problema, ao eliminar o odor, podem estar mascarando o principal sintoma de um processo que requeriria tratamento;
- Lavar os genitais antes e depois de manter relações sexuais, especialmente se foram utilizados lubrificantes ou algum outro preparado facilitador do ato;
- A frequência da mudança de absorventes higiênicos ou tampões durante a menstruação variará muito em função da quantidade de fluxo de cada mulher e do dia do ciclo em que se encontre. No entanto, em nenhum caso deve exceder as 4-6 horas;
- Lavar as mãos antes e depois de colocar o tampão, ou absorvente interno.
Com estas medidas poderemos evitar muita dor de cabeça.
Beijos, flores e muitos sorrisos!
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